terça-feira, outubro 09, 2007

Foste cedo...Talvez não tão cedo para ti como para mim, que mal me recordo.

Fragmentos embaciados. Nebulosos.

Pela mão dela, de volta a casa. Lá estavas tu, sempre tu. Encostado, a repousar sobre o "Américo Durão". O ventilan ajudando-te a recuperar do que era uma maratona. Apertava a mão dela, olhava para cima constrangida, "tem mesmo de ser?". Devolvia-me um olhar reprovador, pequeno empurrão, não eram precisas palavras. A custo largava-a e beijava-te e num ápice voltava para junto dela, meu porto de abrigo. Parecias não notar pois a luz que te iluminava os olhos era tão intensa, tão tua que te cegava. Mas ias morrendo por dentro.

Hoje pergunto porquê assim como tu perguntaste na tua agonia.
Talvez um dia te possa pedir perdão.
Talvez um dia me possas perdoar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não consigo gozar contigo, com isto.

Urraca, talvez devesses ter nascido depois do tempo de D. Afonso II, estar cá de facto e não apenas como uma aparição num blog. Aposto que na altura não davam o devido valor ao que escrevias.

Gostei.