sábado, março 28, 2009

(Notas)

Tanta coisa e nem sei o que dizer. Não sei...
Tenho de escrever no meu livro de finais. Mas perdi-me quando me apercebi que era um final.


Neste momento não sei de mim. E acho que sinto a minha falta.

Não tenho conseguido parar ultimamente. Não tenho querido parar. Quero continuar a correr e a dormir 5 horas por noite. Quero continuar a acompanhar cada minuto cansado de um programa de televisão ou de um livro ou de uma música. Quero continuar a sentir a tua falta.
Mas não posso...

Não posso continuar a deambular por o corredor daqueles camarins com um sorriso na cara. Nem nas laterais daquele palco, com o coração nas mãos e uma vontade de vomitar, na esperança de que...

Tenho de parar e saber de mim. Tenho de voltar e acordar. E sair deste estado de coma encoberto por tudo aquilo que tenho andado a fazer.

Não posso continuar aqui para sempre e tenho de saber para onde vou.

Não posso continuar a agarrar-me a esta indefinição.
Não posso continuar a organizar esta viagem.

quarta-feira, março 25, 2009

O Beijo.

De pé no peito da janela.

Ganha balanço e O salto:

a) Consegues acertar no carro, as pernas amortecem o balanço, bates com a cabeça, dói-te a perna partida e a cabeça tem sangue;

b) Não acertas no carro, a cabeça bate perto da porta e quando finalmente chegares ao chão já estás morto.


Se a vida espiritual existe então quero morrer ao sol. Ao sol das quatro horas da tarde, num dia qualquer, na relva de uma rotunda de subúrbio ou naquele bocado infinito (será assim tanta a diferença entre infinito e ínfimo?) que se vê da minha janela, numa soleira de qualquer porta.

Morrer perdoa-nos os pecados. O Que é Morrer?


Se me ensinaram a escrever "rapidamente", também o posso fazer para um lado qualquer, se já foi tudo dito posso continuar esse diálogo longo.

Um beijo, um cigarro... Qualquer coisa desse género. Como trocar os acentos ou apenas não os meter.